Esta receita faz-me lembrar a minha viagem à Holanda. Quando entrei no avião e encontrei o meu lugar, sentei-me. No banco à minha frente, haviam aqueles papeis com imensas informações de bordo – que eu acabo sempre por ler – não sei porquê, mas ao menos fico prevenida, ihih 😊 – fico a saber onde é que se encontram as portas de urgência, dicas para caso o avião tenha alguma turbulência e as normas típicas de uma viagem de avião.
Não tenho medo de andar de avião, eu ADORO andar de avião, sentir a falta de chão numa perspectiva de ave – continua-me a
ligar ao divino, agora de uma forma diferente, numa forma de pássaro gigante, que neste caso trata-se de um pássaro de metal.
Mas também gosto do chão e do contacto com novas energias, com novas raízes e alimentar o meu Ser com energia de um outro campo energético.
Todos os locais têm a sua energia e conhecimento diferentes. Por isso sabe tão bem em cada local novo que visitemos, ligarmo-nos ao chão desse novo espaço. E pedir uma energia nova e boa para nós.
Bem, estava a dizer – nestes bancos, aqueles que nos sentamos e nas costas do banco da frente, encontram-se os imensos papeis de bordo, nestes bancos também existe o menu de bordo,
algo que não costumo consumir nos aviões, não apenas por se tratarem de refeições não vegetarianas, mas porque acabam sempre por ser refeições com açúcar, aditivos e outras substâncias que não consumo – e ando
quase sempre com comida atrás ^^ (bem, na realidade é mais o Artem que traz a comida).
Acabo por ler o menu, porque gosto de saber quais os pratos que servem no avião, pois muitos deles são a imagem do que no país é habitual comerem e eu sou curiosa.
E uma sopa na caneca saltou-me à vista. Não pelos ingredientes, mas pela primeira vez ver uma sopa dentro de uma caneca e não a comer de colher, mas sim ao jeito da [Bela e o Monstro] – a bebê-la.
Durante a minha estadia na Holanda, via imensas vezes sopas na caneca e no retiro que fui fazer –
serviram-nos exactamente uma sopa na caneca, com a qual ficámos completamente apaixonados por esta nova forma de comer sopa e vegetais. Claro que tivemos de pedir a receita e qual foi o nosso espanto –
uma receita Ayurvédica e tão adaptável, como saborosa?
Podemos fazer imensas combinações, mas esta combinação verdinha, com curgete foi a eleita. Não só porque foi aquela que numa viagem tão espiritual nos foi servida, mas também pelo sabor tão simples e delicioso de uma receita (sopa) Ayurvédica. Que fica agora aqui registada.
Algumas sugestões para substituir as batatas:
- abóbora
- cenoura
- lentilhas
- feijão
Algumas sugestões para substituir as curgetes:
- brócolos
- tomates
- cogumelos
- espinafres
- pimentos
A Ayurveda na nossa vida
Quando conheci esta sopa, também fiquei a saber que é uma sopa Ayurvédica, pois contem ingredientes muito simples e desintoxicantes. A Ayurveda é originária da India e é uma medicina ligada à vida e a tudo o que é natural. É para mim a que mais me identifico e que gosto de acompanhar. Com esta medicina conseguimos manter e equilibrar os nossos níveis de saúde e mante-los sempre estáveis, pois tudo o que comemos está de acordo com o nosso corpo no momento presente. A base desta prática é o equilíbrio de acordo com o nosso corpo, mente e espirito – e fazer uma alimentação de acordo com estes estados é tão puro como agradável.
Esta é uma sopa Ayurvédica
- simples
- desintoxicante
- fácil de preparar
P.S – Obrigada Marie, pelo teu amor, pelo teu grande apoio, pela maravilhosa experiência. Estamos eternamente gratos.
Vamos preparar a receita? 😊